Foram colocados 49 963 novos estudantes na 1.ª fase do Concurso Nacional de Acesso para o ano letivo 2024-2025 no ensino superior público. O número de estudantes colocados representa uma taxa de colocação de candidatos de 85,7%, crescendo dois pontos percentuais face ao ano anterior. Entre 2022 e 2024 a taxa de colocação aumentou de 81% para 85,7%, o que demonstra um crescente ajustamento entre a procura dos estudantes e a oferta das instituições.
Os dados das colocações hoje divulgados demonstram que:
a) 56,1% dos estudantes foram colocados na sua primeira opção e 87,8% numa das suas três primeiras opções de candidatura, os valores mais elevados dos últimos anos e um dos fatores mais relevantes para o sucesso académico;
b) O número de estudantes colocados em licenciaturas em Educação Básica aumenta 8% face ao ano anterior, com 997 estudantes colocados nesta fase, e ocupando 100% das vagas disponibilizadas. Nos últimos três anos o número de colocados em licenciaturas em Educação Básica aumentou 56,3%, o que demonstra o crescente interesse dos estudantes por estas formações;
c) Foram colocados 1 661 estudantes em cursos de medicina, o que representa o maior número de sempre, registando-se mais 66 colocados face ao ano passado em resultado do acréscimo de vagas sobrantes dos concursos especiais de ingresso em medicina para licenciados;
d) Foram colocados 1 655 estudantes beneficiários de escalão A de ação social escolar, dos quais 1 178 estudantes através deste contingente prioritário;
e) No contingente prioritário para candidatos com deficiência foram colocados 214 estudantes, mais 19,6% do que no ano anterior;
f) No contingente prioritário para emigrantes, seus familiares e lusodescendentes foram colocados 402 estudantes, mais 10,4% do que no ano anterior;
g) O número de colocados em instituições localizadas em regiões com menor procura e menor pressão demográfica diminui 2% (12 868 estudantes colocados), com diversas instituições do interior a aumentar o número de colocados face ao ano anterior (U Açores, U Algarve, UBI, U Madeira, IP Beja, IP Portalegre, IP Viana do Castelo, IP Viseu) (Tabela 1);
h) Foram colocados 4 112 novos estudantes nos ciclos de estudo mais competitivos (isto é, com maior número de candidatos em 1.ª opção no ano anterior com nota igual ou superior a 17 valores), diminuindo 19% face ao ano anterior;
i) Foram colocados 8 040 estudantes nos cursos apoiados pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), orientados para reforçar a formação superior inicial e o aumento do número de graduados em área STEAM (STEAM- Science, Technology, Engineering, Arts and Mathematics), crescendo 5,5% face ao ano anterior e ocupando 90,2% das vagas disponibilizadas;
j) Foram colocados 7 735 estudantes em cursos nas áreas de competências digitais;
k) Sobraram 4 966 vagas para a segunda fase do concurso, o que representa o menor número de vagas sobrantes desde 1999.
As matrículas dos estudantes agora colocados realizam-se entre 26 e 29 de agosto. Pela segunda vez, o calendário de colocações do concurso nacional de acesso foi antecipado para o final do mês de agosto, garantindo um período mínimo de 15 dias de intervalo entre a colocação da 1.ª fase e o início da atividade letiva (até agora inexistente) e as colocações de todos os estudantes colocados pelo CNA durante o mês de setembro. Deste modo, garante-se o início de atividade letiva praticamente em simultâneo para todos os novos estudantes, evitando a perda de cerca de 3 semanas de aulas para estudantes colocados na 2. ª fase e cerca de 6 semanas de aulas para estudantes colocados na 3.ª fase.
Para assegurar melhores condições de início de ano letivo para estudantes carenciados, são antecipadas para a fase de colocação as decisões dos requerimentos de bolsas de estudo submetidos pelos estudantes colocados na 1.ª fase do CNA que sejam beneficiários de abono de família até ao 3.º escalão, que será decidida e notificada de imediato. Em seguida serão decididas e notificadas as relativas à atribuição das bolsas +Superior, que visam apoiar a frequência do ensino superior e contribuir para a fixação de jovens em regiões do país com menor procura e menor pressão demográfica.
O Governo aprovou para este ano letivo um reforço dos apoios sociais, tendo em vista alargar e diversificar cada vez mais o potencial de candidatos a formações superiores e adequar e reforçar os apoios financeiros à real situação socioeconómica dos estudantes, promovendo o sucesso e reduzindo o abandono no Ensino Superior, em particular quanto a trabalhadores-estudantes e a estudantes deslocados, mediante o reforço de beneficiários de complemento de alojamento.
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